sexta-feira, 22 de julho de 2016

diário de depressão

A luz que entra pelo quarto é vermelha. Vermelha pelo lençol que coloquei na janela. Não aguentava mais ver a luz do sol entrando pelo quarto. Meu corpo já não tem posição pra ficar na cama. Mas força pra levantar eu não tenho. Levanto pra comer. Como o que me dá vontade. Meu prato parece o de uma criança de 6 anos. Os 5 remédios que tenho que tomar estão todos anotados no despertador. É a única parte do dia em que abro os olhos e acendo a luz. Qual a diferença entre o claro e o escuro se os dias são todos iguais?
Desde que fui ao médico, a minha vida tem sido uma grande mistura de nada. Eu acho super engraçada a forma como as coisas são colocadas aqui dentro da minha própria casa. Meu irmão estava com um princípio de depressão. Minha mãe comprou um cachorro. Todo mundo aqui em casa é apaixonado com cachorro. Eu fico assim e ela me compra remédios. Meu irmão está super bem... Eu? bom... Tô aqui na cama.
Hoje é sexta. É dia de trocar de casa. Talvez eu fique um pouco melhor na casa do meu namorado. Mas hoje eu entendo porque pessoas em depressão se matam com uma facilidade enorme.

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