Por aqui hoje tá tudo legal. Mas ontem eu nem consegui vir aqui porque eu tive uma crise. Não foi uma crise daquelas bem bravas. Mas eu tive falta de ar e meu coração ficou acelerado. Eu não conseguia sair do lugar.
Tudo começou quando a minha mãe veio conversar comigo. Já tem um tempo que Mô tá sem carro, porque tá lá na concessionária. Eu sei que a mãe dele também tem carro, mas a gente evita ao máximo pedir o carro pra ela pra não dar nenhum motivo dela falar alguma coisa. Até aí, tudo bem.
Logo depois ela começou a falar que todos os meus relacionamentos são iguais. Que eu me contento com migalhas e não sei o que mais. A partir daí eu não consegui escutar mais nada. Me veio a lembrança do cara que me perseguia. Meu namoro não é nem de longe igual àquilo que passei. Meu namorado me apoia, me ajuda em tudo que está ao alcance dele. Eu fiquei 5 meses na casa dele por uma briga que tive com a minha mãe. Eu não concordo muito com as coisas que ela fala ou faz. E isso fez com que a gente brigasse. Em momento algum meu namorado me deu as costas ou disse que não poderia me ajudar. Ele e minha sogra me ajudaram como puderam. E ainda ajudam bastante. Isso pra mim não são migalhas.
E mesmo se eu e mô nos víssemos uma vez ao mês. Quem é ela pra falar do nosso relacionamento?!
Eu fiquei com muita raiva na hora e fiquei remoendo aquela conversa no caminho pra casa da minha vó. Quando cheguei lá e ela me perguntou se o carro já tava pronto, porque ela tava com saudade do mô eu saí correndo pra sala. Foi aí que começou a crise. Eu não conseguia parar de chorar, meu coração estava quase saindo pela garganta e eu não conseguia me mexer. Era como se alguém tivesse me segurando e eu não tivesse domínio do meu corpo. Foi horrível.
O que mais me doeu foi que todos trataram aquilo como pirraça da dona Melissa. De quando começou a crise, até a hora de chegar em casa, acredito que tenha se passado uma hora.
Tomei meus remédios de sempre e tentei dormir. Acordei no meio da noite bem assustada, como aqueles pesadelos de filme, sabe? Mas logo voltei a dormir.
Eu ainda tô pensando se eu marco uma consulta de emergência com o doutor psiquiatra ou se deixo pra relatar isso no dia 06. tá tão perto que acho exagero ficar indo lá toda hora.
Hoje eu e mô vamos sair pra jantar. Uma coisa que a gente não fazia já tinha um tempinho. Hoje comemoramos 9 meses juntos. E vamos no mesmo sushi de sempre, pedir o prato de sempre, como sempre. Eu gosto desses nossos sempres.
Tô tentando arrumar emprego, mas tá tão difícil. Eu fiquei duas horas em sites de vagas de emprego e eu ache míseras duas vagas. Talvez eles nem me chamem. Porque é sempre isso que acontece. Eles nunca nem ligam pra falar que meu curriculo é uma bosta e não presta pra vaga que eles estão oferecendo. Tá me frustrando além do normal essa questão. Mais frustrante ainda é escutar do meu pai que eu não arrumo emprego porque eu não quero. Se fosse por isso... Meu Deus!
Lolly, eu vou ficando por aqui.
Amanhã conversamos mais.
Um beijo
Mel
Nenhum comentário:
Postar um comentário